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23.03.2016

Copelianos correm maratona na Patagônia

Uma equipe de copelianos participou da El Cruce Columbia 2016, uma corrida de três dias por paisagens da Argentina e do Chile. O evento é realizado há 14 anos e se tornou objetivo de muitos corredores que desejam fazer o que mais gostam em cenários deslumbrantes da Cordilheira dos Andes.

Os corredores Abenur José Santiago (copeliano aposentado), Francys Ceccatto (CTE/DSSW /VCOR), Cassiano Biesek (CTE/SET/DACT/VPAT), Paulo Ramos (DGE/SLO/DLSE), Jane Kitani (DRI/SJU) e Alan Abiatar (Associação Copel Curitiba), acompanhados da amiga Maura Lucia, participaram na categoria amador solo percorrendo mais de cem quilômetros por montanhas e vulcões, picos nevados, bosques, lagos, vales e áreas rochosas. Mais três pessoas acompanharam o grupo nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro: Waléria Blaese (copeliana aposentada), Marlene Ferreira (AUD/CAPI) e Heminio Cesar.

O grupo saiu de Curitiba com destino a Puerto Montt, no Chile, e seguiram direto para Puerto Varas, onde conheceram o vulcão Osorno e o parque do Rio Petrohue. A largada e a chegada da prova aconteceram em San Martin de Los Andes, na Argentina.

Cassiano conquistou o 9º lugar da categoria geral e Abenur ficou em primeiro na sua categoria. Os dois fizeram parte da divisão mais acelerada da turma, correndo em média quatro a cinco horas por dia. A outra parte, um pouco mais comedida mas não menos guerreira, correu em média sete a oito horas por dia.

Depois da competição, o grupo seguiu para Pucon, no Chile, conhecer o vulcão Villarrica e mais uma coleção de paisagens magníficas. Uma parte retornou a Curitiba, a outra seguiu pra El Calafate e, na sequência, para uma caminhada de cinco dias no parque Torres del Paine, no sul da patagônia chilena. Haja fôlego!

Francys Ceccatto, deu um depoimento contando um pouco sobre e a experiência:

“Chegando em San Martin já começou o frio na barriga! Tinha de pegar o kit e arrumar a mala que ficaria com a organização da corrida um dia antes da largada.

Primeiro dia, 42 km: depois que começamos a correr, relaxei um pouco. Me senti muito bem, corri bastante, me soltei nas descidas. Quando começaram a surgir as paisagens magníficas, me senti ainda mais à vontade.

Ao final do primeiro dia, pegamos chuva e fiquei com muito frio. O fato de não poder tomar um banho quente e relaxar totalmente me incomodou um pouco. Mas como era novidade, o acampamento, o refeitório, o banho de lenço umedecidos, muita gente na mesma situação, aí relaxei e curti o momento!

Segundo dia, 28 km: estava frio e ter de por o tênis molhado não foi nada agradável, mas, como ainda tinha o terceiro dia, achei melhor manter um tênis seco de reserva. Logo na largada senti o joelho. Tinha trechos em que tivemos de andar dentro da água, ele foi piorando. Mesmo assim, consegui correr um pouco, e os visuais incríveis fazem você buscar energia sei lá de onde.

Você faz amizades durante o percurso, sempre tem alguém te dando uma palavra de incentivo e você sempre incentiva os demais também. Estávamos correndo em grupo, um dando força para o outro, isso fez a diferença.

Terceiro dia, 30 km: eu passei mal na noite anterior, fiquei com muito frio e não conseguia me aquecer, meu joelho doía muito, cheguei a pensar em desistir, pois não via como eu poderia correr com todo aquele frio e com o joelho doendo. Mas, ao amanhecer, comecei a ouvir as outras pessoas se arrumando, o movimento do lado de fora da barraca, e pensei nos amigos que estavam me acompanhando desde o início dizendo ‘Você não está sozinha!’.

E assim foi. Vesti todas as roupas quentes que eu tinha. Largamos todos juntos. Foi o dia mais incrível! Fomos todos juntos, o visual foi o mais incrível dos três dias, paisagens maravilhosas! Eu acredito que foi dessas belezas que tirei energia pra continuar, além dos meus amigos, é claro!

Tenho certeza de que sou uma pessoa melhor e mais forte depois dessa experiência, e estou certa também de que sozinhos não vamos a lugar nenhum.”

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